segunda-feira, 20 de junho de 2011

Entrevista com Ross Brawn

Aqui uma coluna do Andrew Benson da BBC falando sobre a corrida do Schumacher no GP do Canadá onde analisa se Schummy "voltou" de vez a Fórmula 1 ou se a performance foi isolada. Alguns trechos com depoimentos do chefe da equipe Mercedes, Ross Brawn.

Basicamente Brawn diz que não tem dúvida da capacidade do alemão, embora não tenha como mensurar se ele pode hoje, aos 42 anos ter o mesmo desempenho do auge da carreira e que se a equipe ainda não está em condições de vencer corridas a culpa não se deve aos pilotos e sim ao fato do carro ainda não ter o mesmo nível de desempenho dos concorrentes.

Pra quem tiver interesse em ler a coluna na íntegra (em inglês) o link é esse aí:

http://www.bbc.co.uk/blogs/andrewbenson/2011/06/in_all_the_excitement_followin.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

GP Canadá

Postagem atrasada! Quase acontecendo o GP de Valência e nem escrevi sobre o GP do Canadá. Alguns motivos acabaram levando a isso, compromissos, preocupações e uma dose de preguiça. Mas também contribuiu para isso a grande atenção dispensada pela Rede Globo ao GP de Montreal. Se levarmos em conta que a emissora platinada tem além do seu canal aberto mais dois canais exclusivos de programação esportiva, é quase inadimissível que a transmissão seja interrompida para dar lugar ao campeonato brasileiro. Entendo o compromisso com o futebol e a extensão não programada da corrida. Mas não seria possível nesses casos a "transferência" para a grade do Sportv? Lembro que o GP da Bélgica de 2004 teve sua transmissão interrompida para que a disputa da medalha de ouro do vôlei masculino nas olimpíadas de Sidney fosse transmitida em canal aberto. Entendo perfeitamente o fato de que o Brasil era finalista e favorito, como de fato ocorreu, mas não entendo o motivo de privar os fãs de automobilismo de acompanhar o desenrolar daquela corrida histórica que deu o sétimo título mundial a Michael Schumacher. Enfim, coisas que só o telespectador brasileiro tem, uma grade de programação sofrível e dependente exclusivamente do retorno financeiro.

Mas falando da corrida, tivemos um grande prêmio excelente. Talvez o melhor da temporada. A chuva que caiu proporcionou uma alternância maior do que a famigerada asa móvel e os pneus farofa nas provas anteriores. Destaques da corrida, o sempre presente Vettel, Hamilton, Schumacher e claro o vencedor Button. Vettel por ter liderado praticamente a corrida toda andando bem como sempre na chuva. Hamilton por mais uma vez ter feito lambança tirando Weber na primeira curva e logo em seguida ter tocado (e levado a pior) em seu companheiro de equipe Button. De qualquer forma, Hamilton é hoje o que Mansell era nas décadas de 80 e 90, o showman da fórmula 1. Apesar de achar que assim como em Mônaco, Lewis foi o culpado, não acho que seja por falta de ética e sim por falta de cabeça. Michael Schumacher fez a sua melhor corrida desde a volta da sua aposentadoria. O fato de a corrida ocorrer quase em sua totalidade com pista molhada e a proibição do uso da asa móvel, acabou por nivelar o desempenho dos carros "por baixo". Dessa forma o alemão pôde mostrar sua ainda presente habilidade de guiar. A pergunta que fica é se essa habilidade estaria presente com mais regularidade se o carro fosse melhor. E Button? O que falar de um piloto que leva um toque de seu companheiro, toma uma punição por ultrapassar o limite de velocidade enquanto o Safety-car estava na pista, toca com mais um piloto (dessa vez Alonso), quebra a asa dianteira e ainda vence ultrapassando o primeiro colocado na metade da última volta? Não se pode fazer qualquer ressalva a um desempenho desses, não?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Capacetes anos 80/90

Depois de muito tempo voltei a desenhar uns capacetes, coisa que não fazia hà tempos e que na verdade foi como iniciei o blog. Como gosto de desenhos limpos e também dos pilotos e carros das décadas de 80 e 90, resolvi desenhar alguns capacetes de pilotos que correram naqueles tempos.

De um única vez vou postar cinco imagens que usei o mesmo padrão, baseado nos capacetes Arai.

Dos seguintes pilotos, Prost, Mansell, Berger, Patrese e Boutsen. Curiosamente quase todos tiveram algum tipo de relação na mesma equipe.

Patrese substituiu Mansell na Williams em 87 após o inglês sofrer um acidente nos treinos para a corrida do Japão (que foi vencida por Berger). Em 89 Mansell foi para a Ferrari ser companheiro de Berger e Boutsen para a Williams no lugar de Mansell ser parceiro de Patrese em 89 e 90. Prost (que trocou de lugar com Berger na Ferrari) foi companheiro de Mansell na equipe italiana em 90. Após sair da Ferrari, Mansell voltou para a Williams ser novamente parceiro de Patrese em 91 e 92. E todos viveram felizes para sempre!



 Riccardo Patrese

Nigel Mansell

Gerhard Berger

Thierry Boutsen

Alain Prost

GP de Mônaco 2011

Como escrevi no post anterior, esse será o primeiro post no novo formato!

Formato? Que formato? O que mudou? Mudou mesmo ou é só frescura?

Bem, será o primeiro post dos próximos. Meu blog, meus posts, minhas vontades, minhas idéias, sim lembrei, minhas impressões. A elas, então.

O GP de Mônaco começou com a dúvida da utilização ou não da asa móvel pelo tipo de pista do Principado, ruas estreitas, muitas curvas e poucas retas. Mas seu uso foi autorizado mesmo a contragosto da maioria dos pilotos. Dois acidentes trouxeram a todos as lembranças nada agradáveis de 1994, no primeiro fim de semana após os terríveis acidentes fatais de Roland Ratzemberger e Ayrton Senna. O susto de Nico Rosberg e a batida de Sérgio Perez, ambos no mesmo local da pista e exatamente no mesmo ponto onde Karl Wendlinger, um promissor piloto austríaco bateu forte e teve sua carreira seriamente prejudicada. No muro da chicane após o túnel. Perez nada de grave sofreu mas não participou da corrida no domingo.

Ao contrario da maioria das corridas anteriores, dessa vez Schumacher largou muito mal, caindo de quinto para décimo na primeira curva. Alonso por sua vez manteve suas boas atuações nas largadas e pulou para terceiro. Chegados a primeira vez à curva Lowes, uma das mais lentas e estreitas de todos os circuitos, Schumacher pôe seu carro por dentro de Hamilton e toma a nona posição. A primeira ultrapassagem  significativa efetuada em Mônaco em muitos anos não se deu por conta do Kers ou da asa móvel e sim pela ousadia e perícia. Que seria repetida mais a frente da corrida, no mesmo ponto para ultrapassar seu companheiro Nico Rosberg. Antes disso porém, Schumacher também foi ultrapassado por Hamilton na Ste Devòte. Todas de forma limpa e sem a necessidade da asa móvel.

Hamilton porém, faria ainda mais ultrapassagens, não de forma tão limpa. Com Felipe Massa tentou na mesma Lowes e nada de mais aconteceu, apenas forçou Filipe a tocar em Weber e posteriormente perder o controle no túnel. Isso originou a primeira punição do dia a Lewis.

Na frente, Vettel que teve problemas no seu pit stop perdeu a posição para Button, mas devido a estratégias diferentes voltou a figurar em primeiro lugar com Alonso em segundo e Button em terceiro. Assim seguiria a prova até seu final? Quem poderia adivinhar? Vettel com os pneus gastos, seguido de perto por Alonso com peneus menos gastos, seguido por sua vez por Button com pneus novos. Mas para infelicidade de quem assistia a tudo ligado, lembrando dessa vez da disputa de 1992 entre Senna com um McLaren mais lento que Mansell com sua Williams com pneus novos, a corrida foi interrompida a seis voltas do fim por um acidente. E com isso o desfecho da prova foi selado, pois o regulamento permite a troca de pneus e todos voltaram a correr com pneus novos sem que Alonso pudesse tentar nada contra Vettel e Button tivesse que se contentar com mais um terceiro posto.

Mas ainda estaria para acontecer o fato que desencadeou o lamentável comportamento de Lewis Hamilton. Na relargada, Lewis partiu para cima de Pastor Maldonado que fazia belíssima prova com a fraca Williams em sexto lugar e acabou por tocar e jogar Maldonado no muro da Ste Devòte sendo mais uma vez punido com o acréscimo de 20 segundos ao seu tempo total de prova.

O citado lamentável comportamento de Hamilton ocorreu após a corrida, em entrevista à uma jornalista inglesa, Hamilton foi extremamente infeliz em seus comentários, criticando de forma dura e rude os comissários de prova e pilotos (especificamente Massa e Maldonado), além de por em dúvida a idoneidade dos fiscais de prova devido às várias punições que já recebeu durante o ano e terminar por insinuar que isso acontece pela cor de sua pele. OK, ele estava de cabeça quente e fez uma alusão a um bordão de um humorista inglês, mas para uma pessoa pública, ídolo mundial, ele tem que saber que com certos assuntos não se brinca. E racismo é um deles.

Acho que tô fazendo isso aqui errado, não?

Andei pensando ultimamente sobre o blog e o seu teor e cheguei a conclusão que não estou muito correto na forma como estou me manifestando aqui. Não que tenha alguma regra, qualquer que fosse eu mesmo seria o seu idealizador e ponto final. Mas percebi que estou comentando as corridas de forma mais "jornalística" e menos pessoal, se é que me entendem.

Não é com o intúito de noticiar nada que escrevo aqui. Até porque tem muito site por aí que faz isso muito melhor do que eu. Então porque continuar?

Mas como estou tentanto levar o blog adiante, quem sabe crescer, ganhar o mundo, seguidores fiéis, criar uma gigantesca arma de persuasão em massa, decidi que vou expor mais minhas próprias impressões e não apenas fatos. Colocar opiniões mais pessoais e menos isentas. Tentar expandir horizontes, talvez até sair um pouco do foco do automobilismo, publicar qualquer assunto que eu realmente ache que vale a pena ser compartilhado.

Veremos, pois, o resultado.